Marcadores

quarta-feira, 11 de maio de 2016

GUERRA

Em guerra de silêncios, ganha o que perder
Orgulhos feridos gritando por atenção
Mas meu amor, estamos em guerra
Aqui ninguém dá o braço a torcer

A gente fica perdendo pra poder ganhar
Esperando o outro desistir
Mas em guerra de silêncios,
o único prêmio é a solidão

A gente tenta ser forte, mas afinal
Fraqueza é não querer ceder
E mesmo andando com a cabeça erguida,
no olhar, há uma expressão vazia, de dor

A gente fica se matando pra tentar sobreviver
Se alimentando da dor alheia
Sendo consumidos em nossas próprias dores
E por fim, a única coisa que
não nos passa pela cabeça
É chegar numa solução

Não sei ainda se estou sendo forte
Fraqueza é não querer ceder
Pois em guerra de silêncios
O único prêmio é a solidão


SONHAR

Das coisas que existem
Só na minha cabeça
Nesse meu universo meio paralelo
Daquilo que ainda não aconteceu, 
mas só de imaginar, já perco o ar

SONHAR... será um defeito?
SONHAR... ou qualidade perfeita?
SONHAR... eu não sei

Eu até percebo que sonho demais 
Enquanto vejo tanta gente desacreditada
Qual é o seu problema?
Me diga o que aconteceu
Ou então não fale nada
Mas não vou deixar você assim
Afinal... sonhar não custa nada

SONHAR... nunca será defeito
SONHAR... uma qualidade perfeita
SONHAR... não custa nada

Me dá cinco minutos 
E eu te mostro
Como é que eu faço
É só fechar os olhos e esquecer
do que pra trás ficou
Imagine um dia bem bonito
Pintado numa tela, feito uma aquarela
Aqui a gente pode ser feliz

Deixa eu tornar o teu mundo
bem mais colorido
Me dê a sua mão
 e eu te levo pro mundo de sonhos

SONHAR... vamos juntos
SONHAR... eu e você 
SONHAR... deixa eu te ensinar
SONHAR... eu e você
SONHAR...ainda é possível
SONHAR...

Como qualquer outro

Mas agora, ele é só um cara
Como tantos outros que existem por aí
Tanto quantos outros que
nunca tive vontade de falar

Eu continuo a ser aquela
que anda distraída, a cantar
Dessa vez, um pouco sem se incomodar
por pouca coisa

E se a gente cruzar pela rua
Seremos como dois estranhos
Desconhecidos por se conhecer demais

Sempre quis conhecer alguém em profundidade
Mas por conta disso,
talvez nem queira mais te ver
Agora compreendo porque
tanta gente prefere a superficialidade
Pois quando nos conhecemos,
Não mais nos reconhecemos

E, acaso me perguntem de você...
Vou dizer o quanto te achavas encantador
Mas depois de um tempo percebi,
Que você é como qualquer outro
igual a tantos por aí




domingo, 13 de março de 2016

MOMENTOS

Como as estações, tudo tem seu tempo
As folhas caem, no chão se racha
Mas um dia, tudo floresce

E se você fechar os olhos
Verás a beleza desse verão
O sol escaldante não mata, fortalece
Ah, querida se você soubesse

Essa estiagem lhe fez secar
Por enquanto enxergas apenas espinhos
Mas se você ainda não morreu
Espera, que um dia tudo floresce

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

TORRE DE BABEL

Sinto que não consigo entender
Há muito barulho e pouca conversa
Gritos e extravasamento de emoções
Que nunca transmitem ao certo o que se passa

Lembro de quando deixamos de falar a mesma língua
Começamos a achar que algumas falhas
eram pequenas demais para comprometer 
a estrutura de uma bela construção, que nos levaria alto
ao ponto de tocar o céu
Mas desde que começamos a ignorar 
 essas coisas simples, a casa caiu

Então, a partir do momento que tudo ruiu, 
Sinto que fomos muito abaixo do nível da terra
Gritando para sermos ouvidos
Mas aqui, o som se propaga de forma diferente
E quando peço companhia, recebo solidão 
Se me pedes um ombro, lhe viro as costas
E nessa torre de Babel, vivemos
Fingindo se entender
Orgulhosos demais para admitir
Que não sabemos mais nos interpretar.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Confissão

Pra não morrer por dentro, fiz o que fiz.
Então, declaro-me culpada
Por cada frase que não engoli
Pelo extravasamento de cada pensamento
Por minha incansável necessidade de verbalizar,
Pra não morrer por dentro.
Declaro-me culpada...
Por não me sufocar em meus próprios pensamentos
Por não me engasgar com questionamentos
Apenas para não morrer por dentro,
Declaro-me culpada,
Por cada monólogo que saiu cortante
Pelo extravasamento que dilacerou
por todas as meias palavras de tortura
Por fim, declaro-me culpada
Pelo meu egoísmo
Pois, pra não morrer por dentro,
Te matei com palavras
Mas, caso não te matasse,
Eu me morreria...

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Perdida

No tempo ou espaço ela se perdeu
Nas viagens de sua mente, permaneceu
Por causa disso, nem sabe ao certo
O quanto tudo isso é ilusão
Vivendo sempre bem perto de sua imaginação
Mesmo que acordasse,
não saberia onde estaria

Ela beira entre o sonho e lapsos de razão
A realidade grita, na vã tentativa
De trazê-la ao chão
E quem foi que disse que,
não é possível se perder em si mesmo?