“Costumam dizer que eu não tenho coração, porque eles não sabem como eu sinto. Conheça-me, porque no fundo, toda garota é garota”.
Era um ser dualista. E embora possuísse
variações, que ela mesma desconhecia, isso não a diagnosticava como bipolar.
Vivia em um universo de preto ou branco,
onde o cinza era um aspecto sombrio que deveria ser exorcizado. Bem ou mau, limpo ou sujo. Coabitava em uma sociedade que
não aceitava que um ser poderia ser a variante entre os dois polos.
Aprendeu que os humanos deveriam ser
altruístas. Dessa forma, tentava expurgar qualquer vestígio de sua natureza má.
Domando sua essência. Projetando em si uma MYCAELAY ideal.
Tinha medo da não aceitação, pois nem ela
mesma se conhecia, e não saberia se iria se aceitar quando fosse apresentada a
seu verdadeiro eu.
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